Os participantes do segundo dia do Ciclo Negros, Índios e o Brasil: diálogos na cultura, logo após as exposições dos professores Dennis de Oliveira e Hélcio Barbosa Jr. realizaram uma oficina onde foi proposto o seguinte desafio: construir uma atividade em sala de aula que refletisse sobre o tema etnicidades na escola. Os presentes foram divididos em sete grupos e, após meia hora de discussões, apresentaram as seguintes propostas:
Grupo 1 – JOGO DA DIVERSIDADE - Esta atividade consiste em fazer com que cada aluno tente adivinhar a identidade e origens de um outro colega. O objetivo é levantar imagens (por exemplo, porque o aluno identificou o colega como pertencente a determinado grupo) e, por conseguinte, os preconceitos eventualmente existentes. Depois do jogo, discutidas as identidades, construir uma árvore genealógica da classe.
Integrantes dessa dinâmica:
Fabio Hassegawa –
fabiohassegawa@gmail.com
Fabio Amadeu Martins –
fabioamadeo@gmail.com
Claudia Teles dos Santos – pedagogia: arte educação –
clau_teles9@yahoo.com.br
Emerson Melo – geógrafo e educador – Museu Afrobrasil –
emersonmelo@museuafrobrasil.com.br
Marcia Maria Garbellini – arte educadora –
marciagarbellini@hotmail.com
Grupo 2 – RETRATAR A DIVERSIDADE – Este grupo ressaltou a necessidade de preparação dos professores para lidar com a diversidade. Em sala de aula, a proposta é entrevistar, fotografar e coletar a diversidade da comunidade escolar e articular com a realidade da diversidade brasileira. Os resultados serão disseminados em espaços públicos, como museus, feiras, semanas culturais, etc.
Integrantes dessa dinâmica:
Agnus Valente – docente universitária
Amélia Natalina C. Garcia – analista educacional
Bárbara Milano – graduação artes visuais
Juliana Farias – artista e analista educacional
Nardo Germano – bacharel em letras e fotografia
Grupo 3 – PROJETO GRIOTs – Retomar a idéia da ancestralidade, os griots, portadores da memória coletiva e contadores. Este projeto é para ser desenvolvido nas quatro primeiras séries do ensino fundamental.
Grupo 4 – ARTES COMO ESPAÇO DE REFLEXÃO – Uso de manifestações artísticas, como desenhos, fotografias e preparação de outros materiais para registro e reflexão da diversidade. Em um segundo momento, produção de vídeos usando o celular como instrumento de produção. O grupo ressaltou a preocupação de não se restringir a atividade aos dias comemorativos como 20 de novembro.
Grupo 5 – DANÇA AFRO NA ESCOLA: ROMPENDO PARADIGMAS – Romper com a concepção européia de dança e apontar para outras possibilidades de expressão corporal e dança dentro das matrizes africanas. Também demonstrou a preocupação de expandir a discussão para além do dia 20 de novembro.
Integrantes dessa dinâmica:
Lilian Siqueira – antropologia
Evandro Passos – mestre em artes
Ana André – história
Tayane Gama – antropologia e arqueologia
Vinicius Silva Pereira - História
Grupo 6 – IMAGEM DE ÁFRICA – Exposição para o público de materiais que expressem o ponto de vista do aluno sobre a África. O objetivo é confrontar a idéia de uma África imaginada para a África como ela é. O grupo preocupou-se em ressaltar a necessidade da transversalidade do tema, isto é, que ele deve atravessar todas as disciplinas.
Integrantes dessa dinâmica:
Ana Paula Sintra de A. Santos
Bruna Galvão
Daniel Gobati
Lara Vitalis
Grupo 7 – ÍCONES NEGROS – Reconstruir as possibilidades de inserção social para os afrodescendentes, para além das atividades lúdicas, trazendo para falar na escola pessoas negras que conseguiram um destaque profissional – preferencialmente do entorno da escola – como jornalistas, engenheiros, professores, etc.
Integrantes dessa dinâmica:
Vanessa Cunha -
vanessa_ascunha@hotmail.com – psicóloga e pesquisadora
Lucia Mendes O. Laus –
lucia-laus@hotmail.com – história e sociologia
José Costa Lima Filho –
jcostalima2010@hotmail.com
Maria Cristina da Silveira –
maristoria59@gmail.com – professora de História e Geografia
Cristiane da Silva Guterres –
cris.gute@ig.com.br – jornalista
Eliete E. Barbosa –
elieteedwiges@hotmail.com – assistente social
Importância destas reflexões: a preocupação com a transversalidade do tema e também em retirar o aspecto meramente comemorativo, como limitar as atividades ao dia da consciência negra ou o dia 13 de maio.
No final da atividade, os professores Dennis de Oliveira e Hélcio Barbosa Jr lembraram que a Lei 11.645-08 determina que os conteúdos de cultura afro-brasileira e indígena são obrigatórios, portanto devem ser ministrados em TODAS as escolas, inclusive nas escolas que atendem alunos de classe média e alta. Como tratar destes temas em escolas cujo público é composto quase que na sua totalidade por pessoas não negras e não indígenas?
Professor Dennis de Oliveira
Vejam as fotos: